[RESENHA] O Capítulo Secreto [livro #6]

Olá, leitores!

Páginas: 376 | Autora: Genevieve Cogman | Editora: Morro Branco |  Ano: 2023 | Gênero: Fantasia, ficção, aventura | Tradução: Flavia de Lavor | Classificação indicativa: +14

Veja também:

A Biblioteca Invisível vol. 1

A Cidade das Máscaras vol. 2

A Página em Chamas vol. 3

A Trama Perdida vol. 4

A Palavra Mortal vol. 5

Ordem de leitura dos livros

Como uma boa fã de A Biblioteca Invisível, eu queria muito conferir o livro que é considerado um dos melhores da série. O Capítulo Secreto nos leva a mais uma aventura, dessa vez no século XXI, e esse foi o vislumbre mais próximo de nosso tempo que os personagens ficaram, mas passa a ser algo intrincado de compreender por às vezes estarem em mundos sobrepondo outros.

Irene é incumbida a resgatar um livro de um mundo que foi importante para ela, o mundo em questão foi o que ela viveu e estudou por alguns anos. Mas Irene não vai diretamente a este mundo. O livro pode ser encontrado, mas está na posse de um colecionador inusitado. Ele faz uma proposta pra ela que garante uma aventura com contratempos improváveis e perigosos.

A proposta se resume a resgatar uma obra de arte de um museu em Viena. Kai e Irene vão em busca do livro, e consequentemente da obra de arte, e dessa vez Vale não se faz presente no núcleo principal da história, sendo apenas mencionado ocasionalmente. Kai e Irene têm um diferencial de não estarem sozinhos nessa equipe, ela será formada por um grupo contendo ladrões, feéricos, talvez espiões, e o que mais se pode descobrir deles.

A chegada no mundo é curiosa, e a aventura até esse ponto da história passa por altos e baixos com risco de não conseguirem o livro. Essa é a primeira história que se passa bastante períodos de tempo no século XXI, e queria aproveitar ao máximo. No mundo do destino, em que vão encontrar o quadro, no início do século XXI, eles estão de posse de tecnologias e alguns aparatos que antes não víamos nos livros anteriores. Dragões e feéricos estão trabalhando juntos, então a tensão entre eles se junta com a apreensão da missão.

Por um lado Irene se mostra apreensiva por seu mundo estar em perigo e por outro existe todas as interferências que podem acabar com o objetivo deles, como os seres muito diversos convivendo entre si e com ambições próprias. Essas relações são bem colocadas, com disputas internas e breves plots que tornam a leitura mais movimentada no meio de todo o caos. Os planos de Irene continuam sendo algo que eu admiro. Aqui, ela é ágil em determinar quem faz o quê, assumir liderança e mais importante, agir com praticidade e rapidez nos piores momentos.

(SPOILER dos livros anteriores NESTE PARÁGRAFO):

A relação de Kai e Irene, que é um grande spoiler para quem ainda está nos primeiros livros, sempre é algo que gosto de acompanhar. É fofo como cuidam de si, e o livro não é carregado de romantismo. Sabemos que os personagens estão em um relacionamento, mas isso fica mais exposto nas ações e pensamentos que ambos têm mutuamente. A cada migalha recebida, sinceramente, me fez derreter.

Pela descrição de como esse resgate ao quadro é feito, imagina-se que a relação entre os personagens fica caótica, e é isto mesmo. Além disso, as cenas de ação são muito boas, especialmente no desfecho. O livro finaliza com o gostinho de que nada deu certo, mas que podemos ter um pouco de esperança. Ainda com um mistério acerca da própria Irene, e sempre amo os mistérios que a cercam. Quanto às minhas expectativas, achei um bom livro para a série, mas não o melhor. Talvez eu tenha sentido falta de quando havia um grande vilão rondando esse universo.

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