O que achei da trilogia Castelo Animado
Olá, leitores!
A trilogia Castelo Animado já era uma leitura esperada. Quando lemos o primeiro livro no grupo de Leituras Coletivas, me apaixonei tanto que ler as continuações se tornou uma prioridade. Tive sentimentos diversos com os livros. Essa experiência pode ter um resultado bom ou ruim, dependendo do ponto de vista. Neste post, resolvi trazer meus pontos bons e ruins a respeito dos livros e, para adiantar, são pontos que eu não esperava.
O QUE GOSTEI:
HISTÓRIAS INDEPENDENTES PORÉM CONECTADAS
Cada livro possui histórias próprias, tendo núcleos focados num determinado problema, e o desfecho disso é resolvido no mesmo volume. É de se imaginar que as histórias terminam por aí e isso pode ser até verdade para alguns personagens, mas no primeiro volume: Castelo Animado, os protagonistas são cativantes demais para permanecerem apenas ali, por isso peregrinam também em outras histórias, com frequência tendo participações essenciais para concluir os demais livros. Não é preciso ler o primeiro para entender os outros e vice e versa, mas se você curte histórias um tanto conectadas, tendo personagens em comum, vai gostar de como essa trilogia foi construída.
MISTURA DE MUNDOS
A conexão da história não fica só por parte dos personagens. No decorrer dos livros, vamos descobrindo que não existe somente um mundo, a maioria deles são mágicos, mas possuem suas peculiaridades distintas, como quando você visita outro país, adicionando magia no processo. A melhor parte é notar que a autora conseguiu encaixar até mesmo nosso universo aqui e ali, transformando o multiverso em uma parte invisível que poderia estar à nossa espreita.
PERSONAGENS DIVERTIDOS
Os personagens da trama são o que nos conquista de primeira. Eles têm personalidades peculiares e ouso dizer que alguns respeitam leis naturais, sendo totalmente diferentes do que conhecemos. Também possuem destreza em transformar simples conversas em trocas de farpas deliciosas. Uns mais do que outros me conquistaram e nem precisaram ser pessoas para isso. Gostei também do humor ácido, que brinca com a realidade e com o perigo.
SENSAÇÃO NOSTÁLGICA
A trilogia teve seu primeiro livro publicado na década de 1990 e os demais foram sendo lançados ao longo dos anos. Como são livros mais antigos, carregam um pouco de nostalgia tanto pela escrita, quanto pela construção da história, que não possui elementos da atualidade. Comparo a sensação de ler como a de assistir um delicioso filme natalino ou rever um filme de conforto.
HISTÓRIAS LEVES E COM FANTASIA
Livros de fantasia são o que prefiro ler, e apesar de ter adiado a leitura desse, parte da minha curiosidade em conhecer os livros foi por serem de fantasia. E que fantasias mais deliciosas. Senti como se estivesse prestes a conhecer meu próximo universo de conforto. Não é difícil de acompanhar, é indicado para qualquer idade, e a construção do enredo é feita com conexões simples, porém surpreendentes.
O QUE NÃO GOSTEI:
GORDOFOBIA
Me deparei com trechos detestáveis depois de iniciar o segundo volume. Fiquei impressionada por não ter ocorrido nada do tipo no primeiro, pelo contrário, eu amei tanto que o favoritei. Portanto, o balde de água fria ao encontrar discriminação no segundo livro me fez repensar aquilo que estava lendo. O protagonista nessa determinada história tem pensamentos revoltantes, por isso acabei não gostando dele de cara. Ele também solta falas bastante preconceituosas, e foi aí que meu último grão de paciência evaporou. Durante a história em questão, o personagem se refere a duas mulheres como gordas no sentido pejorativo, destacando que são inferiores, com personalidades ainda piores, e tudo leva a crer que o peso conferia isso. No decorrer de sua trajetória, é de se imaginar que ele teria uma evolução, mas no final, também tem uma cena com mais gordofobia, em que decide o destino das duas mulheres como se fossem objetos. Há uma nota da editora justificando que a história é de 1990, portanto possui erros grosseiros em forma de preconceito e não concordam com tais ações. Eu entendo a época em que foi escrita, mas enquanto continuava lendo, a sensação ruim, advinda das cenas em questão, continuaram me incomodando e a partir disso, os livros dois e três não tiveram o mesmo significado especial que o primeiro teve para mim.
PERSONAGENS DETESTÁVEIS
Minha antipatia teve destinos certeiros nos livros dois e três. No segundo livro, o protagonista tinha atitudes gordofóbicas, entre outras falas problemáticas, falhando em ser um personagem carismático. Já no terceiro livro, a protagonista é uma garota que adora ler, e isso foi o suficiente para me identificar até perceber que ela era bem irritante. Meu problema com ela foi pela sua persistência em ser orgulhosa em admitir erros, e também por ser relutante em ajudar seu colega. Ela teve uma criação desprovida de trabalhos domésticos e quando fica de frente de tarefas rotineiras, não se esforça para aprender, tende a ser explosiva e não reconhece ajuda. Ela poderia ser uma personagem bastante forte por ser criativa, determinada, poderosa, mas foi mais uma protagonista que não me conquistou.
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Oi, Leyanne! Como vai? Não conhecia estes livros. Que pena que não curtiu a sequência da obra. Mas parece-me interessante de se desbravar. Ah, feliz Ano Novo. Abraço!
ResponderExcluirhttps://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/