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[RESENHA] A Roda do Tempo: O Caminho das Adagas [livro #8]



Olá, leitores!

Páginas: 592 | Autor: Robert Jordan | Editora: Intrínseca | Ano: 2022 | Gênero: Fantasia épica | Tradução: Rafael Miranda Rodrigues | Classificação indicativa: +14

O Caminho das Adagas é o oitavo livro de A Roda do Tempo. A quantidade de páginas nele é notavelmente menor, considerando que estamos acostumados a lidar com calhamaços da série acima de 700 páginas. Mesmo assim, é um alívio termos mais um volume desse universo traduzido. Agora me sinto oficialmente em mais da metade dessa história, tendo 14 volumes ao todo e mais um prequel. Os personagens tem seus caminhos já traçados, mas creio que ainda há muito por vir.

O livro engloba bem um resultado magnífico de planos que os personagens estavam construindo ao longo do livro sete, Uma Coroa de Espadas. Para mim, o livro anterior não tinha sido tão bom, foi parado em alguns momentos, e achei que houve muito atraso em alguns acontecimentos, enquanto outros foram mais rápidos do que eu gostaria. No oitavo livro, fiquei feliz em encontrar um resultado mais concreto do que o livro sete prometeu. 

Perrin, Elayne, Egwene e Rand são os principais narradores. O livro mostra os cenários diferentes onde esses quatro personagens estão, com variações de narrativa nesses lugares e com outros que estão com eles. Não é um livro que mostra um resultado do panorama final, os personagens ainda estão se encaminhando para um preparo para a Grande Batalha, e para isso precisam ser estratégicos, saber onde e quando se movimentarem, e ainda acalmar os ânimos que estão em pura confusão. Ainda há muitos empecilhos, e bastante acordos para afirmar.


Egwene mostrava que tinha planos para colocar em prática, e seus movimentos precisavam ser decididos. Sinceramente passei a não gostar tanto das Aes Sedai, são poucas que torço, porque gosto das protagonistas. Mas detesto as brigas incessantes entre elas, porque chegam a ser desnecessárias em relação à dimensão das lutas que precisam enfrentar. Diante disso, sinto que é uma perda de tempo ficar em uma dança desnecessária, podendo focar no que importa. A personagem precisa se movimentar nesse meio, e gostei que, apesar de ser bem nova e ter um cargo super importante, ela soube conduzir os próximos passos a seu favor e no principal. Achei bastante inteligente, e foi bom rever outras personagens ao seu redor.

Enquanto isso com Elayne, estão as personagens Nynaeve, Aviendha e Birgitte. Elas estão de posse de um elemento que passaram o livro anterior procurando. Finalmente teremos um vislumbre de como isso irá mudar as coisas, o que corrobora com o que eu disse acima, de que esse livro coloca os planos em ação que no livro anterior estavam apenas formulando. As cenas iniciais contam com isso, e trazem ações que diversos outros personagens notam ao longo da leitura, mesmo que estejam longe.

Já com Rand, temos cenários que são primordiais para o andamento da Última Batalha, o protagonista tem planos, mas ainda precisa lidar com peso imaginável de tanta responsabilidade. Nesse livro, ele está de posse de mais uma nação, é claro que o peso disso aumenta, assim como o desespero de que precisa lidar com mais uma ameaça, que são os Seanchan. Esse é um povo que eu não consigo gostar nem um pouco. Admiro a criatividade do autor em construir várias nações com culturas totalmente distintas, e conseguir conectar tudo isso tanto na história quanto na influência em outros aspectos. Isso ajuda a tornar a história única. Mas apesar disso, admirando ou não, continuo não gostando dos Seanchan. Minha vontade era que essa ameaça fosse logo resolvida, mas sempre há muito o que fazer. Nem tudo que envolveu o Rand me deixou feliz, mas todas as suas escolhas mostram como o final precisa ser bem arquitetado, e o peso disso está em suas mãos.

Perrin ainda está em sua busca pelo profeta que se diz falar em nome do Dragão Renascido, embora Rand não o reconheça como tal. As narrações de Perrin são as mais esclarecedoras, porque o personagem é bem racional. Sempre gostei da sua personalidade, e o mais importante, é na narração dele que dá para ver e desvendar as intenções de outras pessoas. Isso joga a balança a favor dele, e para o leitor é mais esclarecedor para entender o jogo que os outros tentam fazer para se beneficiar de todo o cenário. É também na perspectiva de Perrin que temos outra narrativa, a de sua esposa, Faile, e outra adição bacana, é que o autor finalmente junta mais alguns personagens que em outros momentos não estavam juntos com os principais e se encontravam apenas soltos na trama.

Em todos os livros, algum personagem principal some. Frequentemente eles têm um objetivo a cumprir, e estão em busca disso. Eles costumam estar na estrada para aparecer no próximo livro já perto de concluir o que lhes foi atribuído. Desta vez, quem some é o Matt e Loial. Por ter muitos personagens principais, e tantos outros que são igualmente importantes para toda a causa, entendo que distribuir as narrativas seja bem complicado, por isso admiro mais uma vez a destreza do autor em saber onde conduzir cada ponto de vista, e afastar personagens quando necessário. Mas como adoro o Matt e o Loial, senti muita falta deles, especialmente nos momentos em que a história fica morna, e não acontecem tantas coisas interessantes. É comum ter momentos sem tantos acontecimentos, porque se trata de uma série gigante, e é preciso cuidado por onde conduzir os personagens. Algumas conversas são um tanto chatas, mas eu admito que no final se encaixam perfeitamente. 

Os acontecimentos finais também não deixam nada de fora. O livro já tem ação o suficiente no início e no decorrer, mas no final as coisas se desenvolvem bastante caóticas, isso me lembrou o final do sexto livro, O Senhor do Caos. Tinha sentido falta dessa emoção, e embora nem toda ação nesse final tenha sido boa para os protagonistas, isso fez o livro ser surpreendentemente melhor. A série está sendo adaptada no Prime Vídeo e está prestes a ter a segunda temporada lançada. Para os leitores dos livros, é um sonho realizado e mais um incentivo na tradução desses volumes. Para quem está conhecendo-os a partir da adaptação, é um alívio ter mais leitores de A Roda do Tempo, e pode se surpreender quando notar que os livros podem ser ainda melhores, carregados de mais detalhes.

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6 comentários:

  1. Essa série é gigante, né? Não sei se teria coragem de encarar

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  2. Oi! Eu não sabia que a série era tão grande, mas que bom que a editora está publicando todos, muitas vezes o leitor acaba ficando com a coleção incompleta por a editora desistir da série. Eu conheço a história pela adaptação e acho bem interessante. Que bom que curtiu esse volume. Bjos!! Cida
    Moonlight Books

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    Respostas
    1. a editora deu uma pausa anos atrás, mas voltou a publicar e estou achando ótimo kkk

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  3. Preciso assistir, assumo que depois que Vi Sombra e Ossos fui atrás dos livros, agora após sua resenha ver a adaptação e ir atrás dos livros também

    Beijos
    www.pimentadeacucar.com

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