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O que achei da série Estilhaça-me


Olá, leitores!

Tenho uma história com a série Estilhaça-me. Li pela primeira vez dois anos atrás, mas foi uma experiência intensa. Assim que meu box chegou, e comprei porque tinha gostado do primeiro volume, li todos os livros imediatamente. Foi tudo muito rápido, quando comecei, nem tinha ideia de que leria um por dia e no fim de semana seguinte já estava com todos finalizados. Mas embora a leitura tenha sido boa, em grande parte, o que li foi apenas o box, que não contém os livros de contos. Então foi como se eu tivesse lido algo incompleto. Percebia que faltava informações aqui e ali, mas não sabia bem o quê.

Foi quando a leitura de Estilhaça-me foi sugerida no nosso grupo de leituras coletivas que em seguida já estávamos nos preparando para ler toda a série, com os contos inclusos, para ser mais completa. Para mim, não seria uma novidade, mas de certa forma, eu teria pessoas para conversar sobre cada livro, e leria mais lentamente, absorvendo detalhes que tinham passado batido, e o principal: eu leria os contos.

Foram um pouco mais de seis meses para concluirmos toda a série, mas valeu a pena. A leitura teve seus altos e baixos, e percebi que minha opinião mudou a respeito de alguns personagens, assim como sobre a história. A melhor coisa com certeza foi ler com um grupo de pessoas, que me fez discutir o que apenas seriam pensamentos descartados.

Nesse post vou contar o que achei de cada livro. Tentei resumir, mas quando vi, já estava ficando bem grande. Pode conter spoilers dos volumes anteriores na medida que faço comentários sobre os seguintes, então tenham cuidado. Mas os spoilers reais estão escondidos. Bom, essa foi a minha experiência após de ler a série pela segunda vez: 

ESTILHAÇA-ME VOL. 1


É um livro bem introdutório, em que não aparecem todos os personagens marcantes. A narrativa é incrível, super rápida. A mente da protagonista parece fragilizada, portanto seus pensamentos são caóticos e íntimos. Juliette passou boa parte da sua vida em hospícios e tem medo tanto de si quanto dos demais. É assustador como alguém pode sentir medo de ser quem é. Ao mesmo tempo que senti empatia pela personagem, também tive outros pensamentos, como:
"e se ela usasse seu poder?"
"e se tudo não passasse de um delírio seu?"
Acredito que a ideia para esse início da história era condicionar o leitor a gerar esses pensamentos, mas a trajetória da protagonista estava apenas começando, por isso tive expectativas.
Minhas opiniões sobre os outros personagens variaram. Adam parecia bonzinho demais e extremamente conveniente. Juliette tem lembranças dele de outra época e se vê familiarizada a essas lembranças para se agarrar nele. Não me convenceu, mas entendo por que Juliette tomou tais decisões.
Warner é um terror. Ele chega impetuoso, e tudo o que a protagonista conhece é a dor. O método usado por Warner para tentar fazê-la entender seu lado não é o mais adequado, especialmente se tratando de uma pessoa fragilizada.
Para falar a verdade, ele foi o personagem que mais me intrigou, porque me pareceu ter mais camadas ali. Claro que todos tem, mas ele foi o mais distante e mantinha uma promessa de mais a se descobrir.
Pela visão da protagonista, Warner se torna o vilão da história. Ainda é o restabelecimento o principal mal de toda a trama, mas Warner personifica tal regimento por ser um rosto a quem ela pode culpar.
Foi uma leitura rápida, que por diversas razões gostei, mas ainda não havia amado a história.

DESTRUA-ME VOL. 1.5


Esse conto é narrado por Warner logo depois de levar um tiro de Juliette. Como o personagem pareceu a própria reencarnação do anticristo no livro anterior, o que mais queria era ver algo do seu ponto de vista e conferir suas intenções. Acontece que Warner me surpreendeu. Os eventos do conto narram o que acontece durante os dias depois de levar um tiro. Não é um conto repleto de ação, é mais para fechar buracos da narrativa, e não poderia ter sido melhor.
Warner ainda parece alguém a quem desconfiar, as informações sobre ele são vagas, mas ver como funciona o restabelecimento pela visão de uma alguém interno é mais esclarecedor, por exemplo, o temido pai de Warner. Não é alguém de que gosto e aprendi a odiá-lo ainda mais nessas páginas.
Warner mantém pensamentos constantes sobre Juliette. O mais curioso é que embora ele tenha levado um tiro dela, ainda não consegue compreender as motivações dela, nem odiá-la. Tudo o que sente são sentimentos positivos e curiosidade. Algumas cenas com gentilezas surgem, me fazendo ficar mais curiosa sobre o personagem e querendo que sua narração se estenda. O conto foi uma leitura bem  rápida e uma adição positiva para a história.

LIBERTA-ME VOL. 2


Fiz a leitura do segundo volume da série de maneira mais urgente porque tinha ideia do que esperar. O cenário agora não é mais as paredes estéreis do restabelecimento. Juliette ainda possui pensamentos soltos, tachados, que marcam sua mente em constante sabotagem. Mas o novo cenário promete algo diferente. Ela está no ponto Ômega, onde pessoas com poderes, que ela nem sabia que existiam, tentam sobreviver. Há uma variedade de pessoas, equipamentos, e diretrizes diferentes. O condutor para esse lugar foi Kenji, soldado do setor 45, que levou tanto Juliette, quanto Adam e James para o lugar. Há descobertas incríveis nesse volume, que são importantes para o enredo e fecham perfeitamente o arco de algumas cenas.
Inicia-se também um novo processo para Juliette, tentando trabalhar em seus poderes e fazendo contato com outras pessoas. Para mim, um dos marcos desse livro é a aparição em tempo integral de Kenji. Juliette ainda é a protagonista, mas Kenji se torna mais presente em sua vida, dando espaço para uma nova amizade. Adam também está presente, mas fora da realidade fechada que Juliette tinha, as coisas se desdobram de maneira diferente.
Adam ainda é o único que pode tocar em Juliette, mas a protagonista tem um segredo que pode mudar tudo para ele.
E não podia faltar o mais intrigante personagem. Warner é uma presença palpável, mesmo estando longe dos personagens. Os acontecimentos envolvendo ele no passado marcou todo mundo e, querendo ou não, sempre estiveram de lados opostos.
Mesmo assim eu queria ver o que a autora tinha preparado. Esse volume constrói e desconstrói relações. Foi um livro que me deixou mais apreensiva do que qualquer coisa, e acho que o desespero foi um sentimento igualmente forte. Das duas vezes que o li, fiquei com medo do que poderia acontecer, mesmo já sabendo. Achei esse aqui um livro bem melhor do que o anterior, por expandir os horizontes. Estávamos confinados na mente de Juliette, então para ter um cenário diferente, ela precisava disso também.
As últimas cenas são como um borrão, e mais uma vez o ponto de vista da protagonista limita o leitor para o que pode acontecer. Isso também nos deixa mais curiosos sobre o restante.

FRAGMENTA-ME 2.5


Narrado pela perspectiva do Adam, esse facilmente foi  um dos extras de que menos gostei. Comentei que no primeiro livro achei a relação dele com Juliette conveniente demais, e depois do segundo livro, isso se concretizou ainda mais. Adam parece não ver potencial na Juliette, e isso ela tem demais. Ele não vê ela tendo um bom avanço porque ele não acha que ela seja capaz. Conforme a personagem vai descobrindo o que ela pode fazer, ela vai desejar o melhor, e acontece que o Adam é prático. Ele é um sobrevivente e está acostumado a proteger pessoas, especialmente o James. Nesse conto, vemos um ponto de vista em que a Juliette não esteve, e a trama só se torna interessante por conta disso. Eventualmente, os pensamentos de Adam sobre a Juliette são mais claros e ele só deseja que ela esteja protegida, porque não acha aquele cenário adequado para ela. E claro que o caos está reinando, mas o ponto é que ele não coloca fé que ela seja capaz de enfrentar aquilo.
Outro pensamento que tive enquanto lia, é que acho que a Juliette tem algumas explosões porque se limita demais.
O conto do Adam não me fez odiar ele, é tudo uma questão de processo. O conto me fez ter uma ideia melhor do que eu já imaginava que ele pensava da protagonista.

INCENDEIA-ME VOL. 3


Esse é um dos meus favoritos da série (se não for o favorito) porque consolida bastante coisa que já vem sendo preparada por longos livros. Para começar, o livro mostra uma visão de como Warner ficou depois que a Juliette levou um tiro. Ele parece ficar ainda mais apaixonado e desesperado porque quase perdeu ela. E sinceramente, houve certa enrolação por parte da protagonista, mas a gente entende sua hesitação, mesmo que ela faça umas perguntas com respostas óbvias.
E nesse livro, é o único narrado pela Juliette em que não vemos seus pensamentos tachados assim. Isso mostra como ela vem evoluindo até aqui. Gostei de como ela chega a conclusões importantes sobre si mesma e sobre seus relacionamentos.
O volume me deixou confortava pelo Kenji estar sempre presente. Ele se torna um dos melhores personagens da série, o meu favorito. É de longe o alívio cômico de todas as situações, o que aparta brigas e resolve problemas.
Meu ponto favorito sobre ele é que Kenji expõe opiniões que eu queria estar falando para os personagens. Ele também ajuda a protagonista a estar nos eixos em alguns assuntos.
O livro é incrível por vários pontos, mas algumas coisas me deixaram pensando mesmo depois.
Os embates escritos pela autora sempre soam rápidos demais e nunca escritos devidamente. Tem uma finalidade, mas algumas mortes são mais rápidas do que mereciam.
Tahereh desenvolve perfeitamente seus personagens e dilemas, mas não consegui parar de pensar que as cenas de ação não são convincentes.
Apesar disso, eu amei a leitura desse.

RESTAURA-ME VOL. 4


Existe um trecho em Liberta-me vol. 2 que diz:

Está bem, você já viu um acidente de trem? - Não espera a minha resposta para prosseguir: - Eu vi um quando era criança. Era um daqueles trens enormes e loucos, carregando um bilhão de carros, todos totalmente descarrilhado, meio explodindo. A porra toda pegava fogo e todo mundo gritava, tipo, querendo saber que diabos tinha acontecido, e você sabe que as pessoas estão mortas ou prestes a morrer e não quer assistir, mas não consegue desviar o olhar, entende? - Ele assente. Morde a parte interna da bochecha. - É mais ou menos isso. Seu garoto é um terrível acidente de trem.

Pois bem. Para mim, Restaura-me é um terrível acidente de trem.

Ele foi publicado bem depois da trilogia e seus extras. Tem uma proposta que começa semanas depois do livro 3 e não foi uma publicação planejada quando os primeiros livros saíram.
O livro tem narrações tanto de Warner quanto de Juliette e os capítulos se alternam entre eles. A fluidez continua a mesma, e isso não tenho do que reclamar.
Juliette é uma comandante e passou poucos dias desde que conquistou esse fato. Aqui, um pouco da rotina dela aparece, assim como seus sentimentos sobre o novo cargo.
Kenji, que já tinha me conquistado, continua tendo seu lugar consolidado como personagem importante. Dá uma sensação de familiaridade quando ele aparece.
Outros personagens surgem, figuras de cunho importante, trazendo descobertas que quando reunidas, são como o temível acidente de trem que mencionei.
É como se as informações que sabíamos até o terceiro livro, fossem apenas a ponta do iceberg. E o resto dele pode ser mais sombrio do que tinha imaginado. Inacreditavelmente, a releitura deste livro foi mais dolorosa do que pensei por esses motivos. É frustrante ver um enredo cuidadosamente construído ruir de tantas maneiras diferentes. É quase como assistir rachaduras se formando.
Mas algumas coisas boas surgiram desses destroços. Nazeera foi uma personagem que não sabia que iria amar até ler mais sobre ela. Gostei muito de inserir alguém do passado de Warner que não fosse prejudicial.
Quanto aos protagonistas, eles me irritaram bastante. A falta de comunicação é gritante, me fazendo querer desmoronar em conjunto. Os segredos acumulados chegam a formar uma torre. Não foi meu volume favorito da série, chega a ser um dos que menos gosto. Acho que havia algo muito bonito para se transformar nisso. Confiança e companheirismo não deveriam ser abalados dessa maneira, nem achei justo que causasse o que causou.
Embora tudo isso tenha sido tenso, as perguntas que ficam são bastante pertinentes e eu queria respostas.
O final tem cenas de ação que acabam sendo repentinas demais, com bastante caos envolvido. No fim disso, eu só sentia vontade de gritar em desespero.

PROTEJA-ME VOL. 4.5


Como um band-aid para colocar em cima de uma ferida, esse conto foi superior ao livro 4 em vários motivos.
Ele é narrado por Kenji, meu personagem favorito. Se as aparições frequentes dele já deixavam os livros melhores, imagine só um conto completo narrado por ele. Isso sim me deu um gás para ler.
A narrativa de Kenji tapa vários buracos que foram deixados expostos. O conto começa a perspectiva um pouco antes do final de Restaura-me. Algumas interações acontecem onde não podíamos ver no livro anterior, e melhor: finalmente sabemos o que acontece  enquanto aquele final desastroso ocorre. Convenhamos, a narração da Juliette ficou totalmente nebulosa, seja para despistar o leitor ou não.
Consegui entender melhor o final do livro depois de ler o conto. E um detalhe importante: na primeira vez que li a saga, foram apenas os livros principais, portanto, meus conhecimentos eram limitados apenas naquela linha de narração. Aqui, lacunas são fechadas, e recomendo fortemente que leia os contos se sua intenção for embarcar nessa saga. E se já leu a saga sem os contos, volte e refaça o caminho. Juro, vai fazer todo o sentido com o conteúdo extra.
Proteja-me também dá novos objetivos para os personagens que ficaram, uma ligação direta para o que vamos encontrar no volume 5 da série.
Com o ponto de vista de Kenji, finalmente vamos ver o desenvolvimento do romance dele com Nazeera. Não há muito o que ver, para falar a verdade. Gostei do retrospecto que o conto oferece, mas esperava um rumo mais concreto para eles. Por enquanto, o conto fica em uma espécie de meio-termo nessa questão.

DESAFIA-ME VOL. 5


Dentre os novos livros lançados anos depois da trilogia principal da série, o quinto livro foi o que mais gostei. Aqui, o livro responde perguntas que foram deixadas no volume 4. E inicialmente, achei essa transição estranha porque de algumas novas questões levantadas para engatar os próximos livros, foram deixadas muitas pontas que não faziam sentido se você comparasse com as informações descobertas do terceiro volume para trás. Não ficou como um seguimento da trilogia, ficou mais como um remendo mal encoberto.
E isso me incomodou demais.
Mas em Desafia-me, o livro é mais urgente, com mais respostas que perguntas. Com esses novos ares, pensei que aí sim o ritmo da história daria um grande salto. O livro expande mais o que conhecíamos a respeito dos líderes mundiais, e embarca em um cenário clínico. Também gostei que os problemas em escala mundial são discutidos, porque isso não havia sido esclarecido antes.
Causas e efeitos acabam sendo convincentes por ser um tema novo debatido, não uma sequência de informações já faladas.
O livro intercala narrações entre Warner, Kenji e Juliette, soltando revelações que foram cruciais para amarrar a série. Com isso, o relacionamento de Juliette e Warner chega em um patamar mais sério, e realmente dá para olhar para eles com uma nova visão por tudo o que enfrentaram.
As respostas aqui também convence sobre as coincidências de Warner e Adam, revelações anteriores mas com melhores explicações.
Agora, tenho opiniões sobre o vilão com pontos bons e ruins, então vou precisar expor com spoilers. Para ler, basta selecionar o texto abaixo:

O que gostei:
O Anderson estar vivo faz mais sentido do que ele ter morrido uma morte rápida demais no terceiro livro. Ele leva um tiro lá e some na hora? Muito conveniente.

O que não gostei:
Tem um furo nessa teoria de Anderson estar vivo. Se o restabelecimento tem a tecnologia para reviver o cara, então por que não curou suas pernas quando levou um tiro da Juliette?
E se estavam estudando pessoas com poderes, por que não entregou Sonya e Sara para os Sommers estudarem?


REVELA-ME VOL. 5.5


Esse conto é o segundo narrado por Kenji, mas ao contrário de Proteja-me, não foi tão bom quanto eu esperava.
O conto não oferece respostas, e sim uma confusão de informações. A trama funciona como um início para o livro 6, dando algumas informações que não saberíamos no próximo livro. Como o conto anterior deu um passo no relacionamento de Kenji e Nazeera, imaginei que esse aqui faria algo definitivo, mas não funcionou assim.
De fato os personagens interagem, mas não há uma resolução explícita, sequer implícita.
Achei que serviu para dar um gostinho do romance, sem oferecer tanto.
Foi o conto que menos ofereceu informações e gostei mais pela narrativa sempre incrível do Kenji.
Tem ação na história, mas como todas as cenas escritas pela autora, pareceu que faltava algo, os detalhes sempre acabam nebulosos.

IMAGINA-ME VOL. 6


O livro final dessa série foi exatamente o que eu esperava, o que não era muita coisa. Foi mais desanimador, e percebi rápido que teria informações repetitivas.
Primeiro, a trama principal acaba sendo uma réplica do que acontece no livro 5, com detalhes aqui e acolá diferenciados. Mas até mesmo o Kenji cita:

Não, não, estou falando sério. Quais são as chances de que nós três estivéssemos em uma viagem como essa novamente? Se bem que, da última vez, acabamos sendo alvejados, então não, eu não quero reviver aquela situação. Além disso, J não está aqui. Assim. Hã. - Eu hesito. - Ok, acho que estou percebendo que talvez eu não entenda o que déjà vu significa.
Além disso, tem uma parte que considero TENEBROSA nesse livro e que não perdoo a Tahereh Mafi por sequer ter cogitado isso. Não posso dar spoiler, mas tem a ver com a Juliette e seu superior. Sinceramente, que desnecessário.
O livro, para ser um desfecho, acaba sendo bem fraco. Talvez o mais fraco da série.
O final é um final mas deixa muitas pontas soltas que são mencionadas posteriormente em uma espécie de epílogo como se já tivessem sido resolvidas. E como se resolve um mundo como esse em poucos dias de decisões rápidas?
Acho que o que houve foi falta de ideia. Não gostei do retrospecto que a Juliette teve, e me refiro a seus pensamentos novamente caóticos. Nem gostei da personalidade de Warner reduzida como ficou.
Definitivamente foi tão fraco quanto imaginei.

ACEITA-ME VOL. 6.5


Nesse conto final, que promete um final definitivo para a série, foi, para mim, somente para contar como mais um livro para colocar ao lado dos outros na estante.
O que esse conto ofereceu? Nada de concreto.
Ele complementa os capítulos do epílogo de Imagina-me e é inteiramente narrado por Warner. A tensão depois da queda do restabelecimento parece continuar, mas o conto foca mais no casamento dos protagonistas. E eu esperava seguir essa proposta.
Acontece que o conto se resume em quase 200 páginas de pensamentos inseguros de Warner. Sinceramente? Destoa totalmente do personagem que foi cuidadosamente construído ao longo dos 3 primeiros livros da série. Ele é uma pessoa introvertida, mas inseguro? Não.
A autora muda a personalidade dele, é como uma desconstrução.
Pelo histórico que lemos ao longo de diversos livros e histórias do universo, a trajetória de Warner e Juliette foi incrível. Com novas informações sobre o passado deles no livro 5, a relação fica ainda mais segura, tanto que eles ESTÃO PRESTES A SE CASAR. Se esse não é um indicativo que querem mais que tudo estarem ao lado um do outro, eu não sei mais o que é.
É por isso que o conto se torna tão frustrante.
E realmente a narrativa fica apenas nisso. Não tem um enredo com mais história, é apenas isso.
De todos os contos, esse é o com menos relevância. O início dele é facilmente o começo, ainda dando o mesmo sentido direto para os personagens principais.
Aqui vai uma reclamação com spoiler, por isso selecione o texto para ler:

Imaginei que aqui teria, finalmente, um desenvolvimento para o casal Kenji e Nazeera, mas fui pega de surpresa pelo casal já ter tido seu final. A autora passa 3 livros e 2 contos preparando o leitor para desenvolver o relacionamento dos personagens, mas pula a parte principal e eles apenas aparecem juntos, e pronto kkkk. É frustrante demais porque perdi totalmente COMO eles chegaram até ali. Se fosse um casal irrelevante, sem nunca ter tido destaque, não haveria espera de minha parte, mas há dois contos com ênfase neles também, então por que cortar o restante da história deles e só mostrar que eles estão juntos?

De verdade, não foi como eu esperava. tive altos e baixos com a série, e meus favoritos continuam sendo os primeiros livros.

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7 comentários:

  1. Oi Leyanne, tudo bem?
    Acho que conheci essa série quando ela ainda era uma trilogia..hahaha.. inclusive fazia parte da minha lista de leitura. Depois de ler sua resenha, e percebendo a possibilidade de gostar da série, não tenho disposição para encarar algo tão extenso.

    Até breve;
    Helaina (Escritora || Blogueira)
    https://hipercriativa.blogspot.com

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    Respostas
    1. Acontece com séries longas, as chances de ser tudo perfeito cai drasticamente por tentar manter algo no mesmo nível sempre

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  2. Oi Leyanne! Tudo bom?
    UAU, sua postagem não poderia ter sido mais completa!
    Eu confesso que parei no livro 1 da série, rs. Preciso retomar, porque acho que vou gostar, mas é um caminho bem longo e o caminho para o final pode não ser uma das melhores caminhos... Tenho que ter isso em mente, rs.
    beeeeijos
    http://estante-da-ale.blogspot.com/

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    Respostas
    1. hahaha, que bom que curtiu. vai com medindo as expectativas kk

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  3. Oi! Eu até hoje não li está série, apesar de ter boa parte dos livro. Pelo visto há altos e baixos nessa trajetória e espero que ao ler, ache o final satisfatório. Bjos!! Cida
    Moonlight Books

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  4. Oi
    eu li os dois primeiros e gostei, mas acabei não dando continuidade e parece ser a aquela série de livros com seus altos e baixos que terminou em baixa, não gosto quando a serie é prevista 3 livros e os autores acabam fazendo render mais livros do que o necessário.

    https://momentocrivelli.blogspot.com/

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