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[RESENHA] Série O Monge e o Robô: Salmo para um robô peregrino


Olá, leitores!

Páginas: 176 | Autora: Becky Chambers | Editora: Morro Branco | Ano: 2022 | Gênero: ficção científica | Tradução: Fábio Fernandes | Classificação indicativa: +14

Coloquei esse livro na lista de leitura porque adoro a escrita da autora. Becky Chambers escreveu também A longa viagem a um pequeno planeta hostil e essa série é incrível. Em Salmo para um robô peregrino, encontrei um livro curto e rápido, mas com um mundo incrivelmente mirabolante. O foco não é o sistema e como funciona, mas isso influencia como os personagens interagem e cada passo que estão dispostos a dar.

Dex é ume protagoniste não-binário e também monge. Elu não tem do que reclamar em sua vida, mas acha claustrofóbico e agoniante a vida na cidade. Com isso, elu prepara seus pertences e se torna ume monge de chá. Tendo também se destacado no trabalho, elu imagina que era para se sentir satisfeite, mas não é assim que funciona. Ainda há um certo vazio em seu peito e elu tenta partir em mais uma busca para encontrar o que nem sabe que está buscando.

Sou feito de metal e números; você, de água e genes. Mas nós somos cada um algo mais que isso. E não podemos definir o que esse algo mais é simplesmente por nossos componentes brutos. Você não percebe do mesmo jeito que uma formiga, assim como eu não percebo do mesmo jeito que um... Não sei. Um aspirador de pó.

No trajeto, elu se depara com o robô Chapéu de Musgo, de nome inusitado, mas com carisma maravilhoso. É a primeira interação entre robô e humano em séculos e o momento é memorável. Como a autora costuma criar narrativas em mundos fora da Terra, atribuí que esse em que estava lendo se tratava de uma inteligente construção de planeta.


Tudo funciona de maneira diferente, mas com semelhanças que percebemos aqui e ali, especialmente nas condutas humanas. Os Deuses e avanços tecnológicos também são outros, algo totalmente novo. Isso me fascinou bastante. Há filosofia e uma engenhosidade na mistura entre o divino e material, a conexão trata assuntos que muitos de nós já nos questionamos, em um cenário novo e singelo.

Se tratando de robôs então, há tratados e acontecimentos que marcaram as duas partes, mas na atualidade os robôs são livres e vivem em áreas não habitadas por humanos. Já se passou bastante tempo desde a última interação, e quando finalmente acontece, é com Dex e Chapéu de Musgo da maneira mais hilária possível.

É a partir desse momento que elus vão ter uma jornada de redescobrimento, com cada ume aprendendo sobre elus. As interações são realmente as melhores, contando com séculos de desconhecido, portanto espere perguntas absurdas, engraçadas e reflexivas. A visão de cada ume apresenta uma claridade sobre o assunto alheio de uma perspectiva nova, então vem muito aprendizado.

Mas os humanos tinham o dom de desequilibrar as coisas. Encontrar um limite ao qual eles obedecessem já era vitória suficiente.

Dex e Chapéu de Musgo demoram cerca de metade do livro para se encontrarem, achei uma demora longa, mas não reclamei depois que aconteceu porque amei cada tópico de conversa. Embora seja um mundo bem elaborado, não há uma grande reviravolta, e sim o aprendizado trocado pela convivência. Simplesmente o livro acabou se tornando puro conforto para mim.

Ele não é difícil de compreender, e marquei muitas das conversas que mencionei. O volume um acaba com a história desses personagens. Nessa nova série da autora, cada livro acompanha um monge e robô. E se fiquei bem apegada no primeiro, não duvido que o segundo vá me fazer amar novamente.



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8 comentários:

  1. Que leitura diferente, não faz muito meu estilo, mas adorei a resenha, achei maravilhosa

    Beijos
    www.pimentadeacucar.com

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  2. Oi, Leyanne. Tudo bem? Parece um livro instigante, né? Que bom que curtiu. Abraço!



    https://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/

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  3. Parece ser uma leitura interessante, despertou minha curiosidade.
    Amei, beijinhos

    www.lendocomrenata.com

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  4. Olá,
    Que título legal, ainda não conhecia, amei o nome do robô.
    E amei a resenha respeitando o pronome, foi bem legal ler.

    até mais,
    Canto Cultzíneo

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    Respostas
    1. É bem diferente, mas muito legal. obrigada <3

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