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[RESENHA] A Biblioteca da Meia-Noite


Olá, leitores!

Página: 308 | Autor: Matt Haig | Editora: Record | Ano: 2021 | Gênero: Ficção | Tradução: Adriana Fidalgo | Classificação indicativa: +16

Uma pessoa é como uma cidade. Não se pode deixar que algumas áreas menos aprazíveis provoquem uma repulsa generalizada pelo todo. Pode ser que haja algumas partes das quais você não goste, umas ruas e uns bairros perigosos, mas as coisas boas dizem o todo valer a pena.

É impossível resumir essa obra em poucas palavras, mas também é igualmente difícil descrever exatamente as sensações que ela conseguiu me transmitir. É uma leitura para quem adora livros, ou talvez para quem prefere livros melancólicos, até mesmo com uma pontinha de esperança. É bem difícil dizer apenas poucas palavras, porque apesar de ter sido uma leitura relativamente fácil, carregou densidade em outros aspectos.

A história de Nora é carregada de arrependimentos e por isso ela está cansada de viver. Ao pôr fim à própria vida, ela acorda em um lugar que não parece estar em lugar nenhum. Para ela, se parece com uma biblioteca, e a bibliotecária de sua infância está lá para ajudá-la. Na biblioteca é sempre meia noite, algo que significa um intermediário entre sua meia vida, onde ela ainda não está em nenhum dos extremos e pode se agarrar em um pouco de vida.

Ela era uma cachoeira de desculpas. Estava se afogando em si mesma.

Para Nora, a biblioteca não irá oferecer nada de diferente, já que ela está bastante certa de sua decisão, mas aos poucos, ela é convencida a finalmente conhecer os benefícios da Biblioteca da Meia-Noite, que permite-lhe visitar, através dos livros, vários caminhos que ela se sente arrependida por nunca ter seguido. Imagine a possibilidade de viver cada um deles e quem sabe ter o poder de escolha entre eles, é uma perspectiva magnífica.

A ideia da Biblioteca tem uma base que foi brevemente explicada com física quântica, como uma possibilidade de mundos alternativos onde Nora pode ter, em algum momento, seguido caminhos que hesitou, e assim aberto uma nova ramificação. A Biblioteca então é um ponto que une todas essas vidas e sua meia-morte dá à ela a possibilidade de revivê-las para saber como seria suas várias vidas se não tivesse hesitado em suas decisões.


A única maneira de aprender é vivendo.

A proposta é realmente genial, sendo entregue em um formato simples, em um exemplo que seria incrível se realmente acontecesse. Apesar da ficção empregada na obra, ela fala principalmente sobre a depressão da protagonista e sua tentativa de suicídio. É um tema delicado, mas aqui é tratado de uma maneira incrível onde, por mais que seja denso, o autor utiliza de ficção, possibilidades, e uma pitada de ironia em sua narração.

Devo dizer que a leitura ficou deliciosa e foi fácil se envolver mesmo que meu coração tenha ficado apertado com as escolhas de Nora. Inicialmente, ela se torna relutante em aceitar tantas possibilidades, mas depois as escolhas ficam tentadoras demais para não experimentá-las. O livro consiste nessa viagem de Nora entre suas outras versões de si mesma.

Apresentando lições de vida para a protagonista, a leitura pode nos ensinar bastante, seguindo a mesma perspectiva e até mesmo outras. A pontinha de esperança permaneceu em mim no decorrer das páginas, me empolgando em muitas delas. Há também a permanente melancolia pelo tema da história.

O livro é rápido e aprendi bastante coisa com ele. Foi uma história que alcançou muitos sentimentos, mas não de um modo difícil de lidar. É envolvente mesmo que seja triste, e não desejaria que fosse diferente.

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4 comentários:

  1. Ai, eu li esse livro. E adoro o Matt Haig, os livros dele sobre ansiedade e depressão são maravilhosos! Mas esse eu achei um pouco repetitivo, apesar de ter gostado bastante. Estou com outros livros do autor no kindle pra ler, vc pretende ler mais algum dele? bjks

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  2. Olá, Leyanne.
    Amei a foto. Eu quis ler esse livro quando lançou, mas depois fui lendo as resenhas e percebi que ele não é para mim. Eu até leria antigamente, mas hoje em dia eu gosto de outros tipos de leitura.

    Prefácio

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  3. Eu comprei esse livro na última Bienal do Livro carioca. Estava cheia de expectativas em relação a ele, mas acabou que não li ainda, pois resolvi esperar para quando estiverem um melhor momento para leituras melancólicas.
    Bjks!

    Mundinho da Hanna
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  4. Oi, Leyanne. Como vai? Parece uma obra de excelência, né? Fiquei curioso com a obra. Adorei as fotos. Abraço!


    https://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/

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